Eu não troco minha véia das pernas cheia de nó,
Por um brotinho elegante que quiser ser meu xodó.
Porque sei que minha véia, ela gosta de mim só,
O brotinho é perigoso, que nem bala geveló.
Ela só quer meu dinheiro prá gastar tudo sem dó.
Minha véia é tão magrinha que parece um cipó,
O pescoço tá fininho que a gente só vê o gogó.
Quando ela sai andando, sai fazendo caracó,
Parece um corujinha, lá em cima do paió.
Com o peso da idade entortou que nem anzó.
Zombaro da minha véia eu fiz om forrobodó,
Dei tiro pra todo lado fiz gente rolá no pó.
Acabou a munição, eu soltei o mocotó,
A polícia entrou no meio, eu chamei o Pai Jacó.
Mesmo assim não teve jeito fui dormir no xilindró.
Minha vida era doce já tive prazer maió,
Agora no fim da vida, amargo que nem jiló.
Já fui um moço ciumento, fiquei véio fiquei pió,
Eu já fui um galo índio, já não sou nem carijó.
Té chegando a minha hora de abotoá o paletó.