Tapera de Baitaca

Paroles de chanson Tapera de Baitaca

Tapera
Tapera

Vertente de água, um matinho nos fundo
Casebre por fundo, que os oitões caíram,
Parece mentira, meu primeiro lar,
Volto a visitar, o meu peito suspira

Foi lá que mamãe entregou a papai,
Um amor sonhado que tanto esperava
Por isso essa dor do peito não sai,
Ao ver a tapera que os velhos moravam

Naquele matinho na costa da sanga
Eu comia pitanga e armava arapuca
Ali se escondia nosso boi de canga
Mugir no arado ferrão de mutuca


A fonte de água parou de correr
Chorei por não ver os meus pés de fruteira
O coqueiro alto que eu comia coco
Ainda vi o toco da guaviroveira

Mangueira redonda de vara e tronqueira,
Cancha de carreira, que o brejo tapou
A aranha velha de busca parteira,
Os pés de fruteira que a terra criou

A ramada grande que o papai mateava
Os pés de roseira que mamãe plantou
A horta de couve que eu tanto cuidava
E o forno de barro feitio do vovô

Me fui nesse trote chasqueiro do tempo
Deixei muito longe minha infância pra traz
Botei na garupa do meu pensamento
Revendo a tapera dos meus velhos pais

O que a terra cria esse tempo transforma
E jamais retorna do jeito que era
No mundo agitado a vida não espera
Adeus meu passado, querida tapera

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