Guerrilha Verbal de Black Alien

Paroles de chanson Guerrilha Verbal de Black Alien

Guerrilha Verbal
Guerrilha Verbal

(Speed)
Mortos dos vossos próprios delírios, olha aí os lírios do campo,
morrendo pela praia do Costal até o Bampo,
moto obsoleto a motor a vapor, movido a solavanco,
ataque pressionando sempre pela frente, dando cobertura na retaguarda,
e protegendo pelos flancos, acelerando até o fim,
como rei Roberto na estrada de Santos,
Aracy de Almeida, quanto vale o show, cinquenta mangos,
olho pros lados e só vejo ratazanas por todos os cantos,
a cidade está cheia de camundongos, cabelos longos, bongos,
ruas cheias de calombos, gostosas com biquínis cravados nos lombos,
ruínas, calangos, cai o mundo em cima de mim, ouço um estrondo,
no último minuto sempre sou salvo pelo gongo,
pode jogar o peso em cima dos meus ombros, que eu aguento,
não me assombro, me levanto dos escombros como cubanos dançando mambo,
alcanço profundidades limites como num escafandro,
a mesmo em apnéia, mando, não como mais mulheres que o Wando,
mas continuo cagando e andando, homem que não come feijão,
vai durar até quando, usando, varando a madrugada,
como quem não tem nada pra fazer, sendo que não tem mesmo nada em mente,
comovido, com 30 anos de trabalho como subserviente, se deu bem,
virou gerente de banco, já descarreguei a metranca, acabou o pente,
deu branco, vai la Gustavo Black manda logo seu discurso,
que é brinde pra ver se eu banco.

(Black Alien)
B-b-b-b-b-b-b-b-b-b-b-b-b-b-b-black, Che Guevara da Guerrilha Verbal, Jack,
sempre presente, quase todo sempre brilhante,
interpreto o capítulo dois mil pra sempre adiante,
ignorando o são não sou louco de caretas e picaretas dessa vida terrestre,
meu veneno é anti, não demoro uso o mic como antídoto,
extrair rimas das minas da minha mente, tomo pra mim a sorte de um principiante,
minha lírica vendeta, vingança verbal contra atitudes deprimentes,
isolo dementes em recipientes eficientemente mortal,
pulverizo o lixo ao invés de torná-lo espacial, me contamine em outro planeta,
mercúrio, minha terra natal, assistiu de ultra luneta,
um lugar deixar de existir destruído por um mal, chamado a maioria, alguns, nao todos
existindo em gênio verso e prosa veredas rasgam grandes sertões,
e visualizo tudo isso através dos guias de Guimarães Rosa,
acho a roda e me transformo nela como nino, águia, sobrevoo viveiros e abrigos,
gato, entro pela janela e expulso estranhos do ninho, desde menino ilumino,
o caminho por onde caminho na velocidade máxima da luz a vela,
alguns preferem corpos metálicos de carros tipo Testarosa,
enquanto bolo com corpos femininos belos como o dela,
e eu ceio no cio com dois mil e duas ações e orações,
em triângulos equiláteros que tomam posse e faço de minha capela,
que nem a Copa do Mundo a Bossa é nossa,
mas é só mais um boçal quem vem pra cima de mim cheio dela,
indivíduo pertencente ao grupo dos mesmos, confunde mortos, feridos e enfermos,
com estes nunca, nunca me compare, sou franco atirador mas nunca,
nunca atiro a esmo, mortos-vivos matam em todo lugar, ja morreram em si mesmos,
meu compromisso, penso e faço algo sobre isso, pra no futuro um brinde
com os filhos dos nossos filhos pra termos a que bebermos no terceiro milênio,
de diversão abastecermos, não abstêmios, colher as louras como prêmio,
com gás do amador um, experiência da sênior, termino comunicando que extermino,
sementes de Hitler, enquanto o som estremece o chão no mais alto grau da escala Richter, transmissão encerrada.

Sinto minhas raízes presas a este mundo,
mas minha consciência viaja pelas estrelas,
aguardando um novo dia, um novo dia seguro,
como um fruto maduro, como e alimento a alma,
levantando acordando, pronto pra vida,
pra uma nova vida, pronto pra uma nova vida,
curado de qualquer ferida.

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