Sabe aqueles dias em que você morre de saudade e já nem sabe se quer esquecer?
Nesse dia relampejava lá fora e chovia forte bem aqui dentro de mim
Quando o telefone tocou... Era ele
Oi, Amor!
Sei que você pensa: já não faz nenhum sentido eu te chamar de amor
Me perdoe, eu não consigo evitar, amor
A minha mão discou teu número, foi sem querer
Se acabou, diz pra mim o que é que eu faço pra acabar com a dor
Já rasguei o seu retrato, mas não se rasgou
Eu trago na minha memória mil imagens de nós dois
E os versos que escrevemos de uma história de amor sem fim
Você virou a página e se esqueceu de consultar a mim
Quer saber?
Quer saber, será que foi Deus mesmo quem te deu coragem para me entender?
Quer saber, eu acho que foi mero acaso, você disse que foi sem querer
Quer saber, se a nossa história fosse nada eu nem iria te atender
Quer saber, desliga o telefone e vem aqui na porta pra eu te ver
Só quem já enlouqueceu de saudade
Sabe o que é não saber distinguir
Entre os estrondos dos trovões
E as batidas frenéticas do próprio coração!
Eu corri pra abrir a porta e naquele momento
Já sabia o que ia fazer
Oi, Amor!
Sei que você pensa: já não faz nenhum sentido te chamar de amor
Me perdoe, eu não consigo evitar, amor
Eu tava tão acostumado a passar por aqui
Bom te ver! Você tá bonita e essa blusinha foi eu quem te deu
Eu tô querendo ler aqueles livros, você se esqueceu
A minha mãe mandou mil beijos de saudades
Sinceramente, muita coisa tua eu nem tô nem afim de devolver
Tantos presentes, momentos lindos
Aquela briga, você se lembra?
Nada é só meu, nada é só teu, é tesouro nosso
Depois de tudo isso você diz que é capaz de se esquecer
Quer saber?
Quer saber, sei que é mesmo uma loucura, mas que tal uma proposta?
Quer saber, se não houvesse esperança, você não teria aberto essa porta
Quer saber, dos presentes que eu te dei, meu coração, eu não aceito de volta
Quer saber, vem aqui me dá um beijo
Meu olhar já te deu a resposta