Vidro Nas Veias
Também estou nesse circo
Mas eu não sou um palhaco
Conheco a corda bamba
E o que á lá embaixo
Tenho as minhas cicatrizes
Da criação católica
O pau que é torno
Não se indireita
Nasci contaminado
Pela medo da morte
Nacortis o meu tédio
Com os alcalóides mais normais
Sou astronauta em orbita
Que decidiu não retornar
Joguei pro espaço
As convenções que eu consegui
Se eles querem meu sangue
Vidro nas veias
Se quisesse ser santo
Mortificava meu prazer
Nesse circo de horrores
Somos todos artistas
Eu tomo fogo
Minha alma é polvora.
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