O Repentista E As Aves De Rapina
Se o caboclo canta alto
O voar de "arribação"
Aparece na longínqua
Terra amada, o Sertão
Repentista finaliza
Um repente de cordel
Feito "aves de rapina"
Devorando a carniça
Varredor é sempre o vento
Que carrega dessa estrada
Um aboio da boiada
Ao olhar de um vaqueiro
Pois cantar já não basta
Nessa vida tão sofrida
"Repentistas de Rapina"
Suas rimas são mortíferas
Se abastece o carniceiro
Emudece o cantador
Lá se vai a esperança
De um velho lavrador
As rendeiras tecerão
As mortalhas engomadas
Se os filhos desse chão
Não saírem dessa desgraça
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