Erva rasteira, erva rasteira
Erva rasteira, erva rasteira
Erva rasteira nasceu prá ser pisada
Nasce, cresce, morre bem embaixo
Mas o homem que é homem de valor
Jamais se propõe a ser capacho
É covarde aquele que, caído
Não tenta jamais se levantar
Sente-se a tantos pés e ferido
Em lamentos se deixa acomodar
Se um dia ele tenta abrir a boca
Se vê sem direito de falar
Seu destino é viver bem rente ao chão
Até que ele venha lhe tragar
Erva rasteira, erva rasteira
Erva rasteira, erva rasteira
Erva rasteira é que pode ser pisada
Mas descuide e ela paga com espinho
O homem que é homem de valor
Se levanta e conquista seu caminho
Erva rasteira, erva rasteira
Erva rasteira, erva rasteira
Erva rasteira é que pode ser pisada
Mas descuide e ela paga com espinho
O homem que é homem de valor
Se levanta e conquista seu caminho
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Erva rasteira, erva rasteira
Erva rasteira, erva rasteira
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Sol vermelho é bonito de se ver |
Lua nova no alto, que beleza |
Céu de azul bem limpinho é a natureza |
Em visão que tem muito de prazer |
Mas o lindo pra mim é céu cinzento |
Com clarão entoando seu refrão |
Prenúncio que vem trazendo alento |
Da chegada das chuvas no Sertão |
Ver a terra rachada amolecendo |
A terra, antes pobre, enriquecendo | >
O milho pro céu apontando |
O feijão pelo chão enramando |
E depois ter a safra, que alegria |
Ver o povo todinho num vulcão |
A negada caindo na folia |
Esquecendo das mágoas sem umbu |
Belo é o Recife pegando fogo |
Na pisada do Maracatu |
Belo é o Recife pegando fogo |
Na pisada do Maracatu |
Alfredo Bello: teclado
Fernando Silveira: triângulo, pandeiro e ganzá
João Della Vecchia: baixo
Jonas Virgulino: sanfona
Maria Paula: voz
Maú Santos: guitarra
Tato: voz
Thiago Mazzilli: zabumba
By Léguas