Chama a cruz vermelha, eu não agüento mais
Xota imunda de mendiga que vicia e satisfaz
Você é muito suja, sua casa é uma bobina
A fuligem do seu corpo dá mais onda que heroína
Você mora na rua, vive atrás de fodelança
Põe um nabo no meu cu que eu pulo igual criança
Eu amo esse chorume que escorre de você
Me dá teu supra-sumo que te ensino o abc
De noite, de dia ou em pé
Quero cancro fedegoso com teu toque de mulher
Quero ficar perdido no teu mar de hpv
Corrimento com aroma e sabor marrom-glacê
Você é a clareira dessa selva urbanizada
Matagal da sua xana misturada com minha barba
No êxtase extático, gritamos de prazer
Orgasmo simultâneo que me traz um avc
Apanhou tanto que a boca tem casca de ferida
Arrancada com meus dentes, mastigada e engolida
Me adoece, germina, vadia perfídia
Quero sangue de gengiva e uma dose de clamídia
A droga mais potente que existe é seu amor
Ferormônio misturado com veludo de bolor
Princesa do prazer, no esgoto faz turismo
Perde um dente na minha boca e me passa botulismo
Meu santo do pau oco precisa de maria
Sua púbis carcomida é a minha prelazia
Com a benção de de cristo, te faço uma princesa
Seu ranço é meu banquete, seu corpo é minha mesa
Seu clitóris é tão grande que parece um polegar
Boto ele na minha boca e vou sugando devagar
Lodo com cuspe, foda interplanetária
Me envolve nesse aroma de água sanitária
Bonde do goteirão que me faz viver
Pinga doença em mim e me faz homem de vez
Cheiro de alcatrão na gruta do prazer
Não me importo se você tá apodrecendo
Oh, tá apodrecendo
Oh, apodrecendo
Caminhando juntos na orla da enxurrada
Vejo aquele burro morto escornado na calçada
Fuça suja de pó, sangue seco no traseiro
Jantar especial que vai durar o mês inteiro
Quando fica excitada, é sinal de que vem treta
Salivando feito porca, cobiçando a chapeleta
Cai de boca, mama, me suja de catarro.
Cruza a linha que separa o prazer do que é bizarro
Nosso amor não tem limites, pudores ou fronteiras
Deslizo qual golfinho para a fonte da goteira
O que vem de você, se não mata fortalece
Candidíase e giárdia que atendem minha prece
Sociedade suja que rejeita nosso amor
Te levei no country club, a playboyzada hororrizou
Pelada na piscina, contaminou a água
Passou seus carrapatos prum cavalo mangalarga
O seu tártaro tem gosto de aurora boreal
Dentifrício saboroso após o coito matinal
Seu hálito refresca como a ilha das flores
Seus fungos da garganta acentuam os odores
Seu duto vaginal tem cheiro de robalo
Espreme meu cajado e me dá crista-de-galo
Te faço curirica e sua buceta ronca
Meu dedo cai lá dentro e tiro um feto da sua trompa
O caldo da sua ferida é viscoso como goma
O inchado enegrecido é meu mapa pra sodoma
Cucurucucu, cucurucucu paloma
Estado avançado de linfogranuloma
Chupei seu cancro duro pra sorver o seu tumor
Confundi suas lombrigas com fruto do nosso amor
Te paguei uma dobradinha e tu se escorna na birita
Descobri naquela noite que tu era hermafrodita
Bonde do goteirão que me faz viver
Pinga doença em mim e me faz homem de vez
Cheiro de alcatrão na gruta do prazer
Não me importo se você tá apodrecendo
Oh, tá apodrecendo
Oh, apodrecendo