Jornal De Ontem
Encontro marcado com o céu estampado
Imenso horizonte de mim
Uma canção antiga
Um perdão pra fadiga
Todo dia perfeito, de noite chega ao fim
Viver é tão raro, é como um breve disparo
Para-raio em tempestade no mar
Banal é a violência e pobre de quem pensa:
Isso tudo é tão normal
Não adianta dizer, você não que entender
Olhos vendados de quem julga tão mal
Não adianta dizer, tentar esclarecer
Mudar as datas do mesmo jornal
Devagar com a fé, que o santo é de barro
Use a cabeça pra não padecer
Se a sua crença é quase uma ofensa
Pra quem tem muito medo de te entender
Vejo tantos sinais que o mundo não é mais
Um bom lugar pra se viver
Se é que algum dia nossa tirania
Deixou a luz do sol tudo aquecer
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